A Força da Natureza & O Esplendor da Cultura – 4º Dia

Pontualmente às 5 horas da manhã, Vitor, Guia da Agência de Turismo Cosmo Andino veio nos buscar na Pousada e não acreditando muito nas previsões de frio intenso, lá fomos nós confirmar a Força da Natureza, nos Geysers El Tatio.

E entre uma conversa e outra pelo caminho, o frio ia se apresentando cada vez mais, e em pouco tempo atingiu - 7º (sete graus negativos), chegando a - 9º (nove graus negativos) mais tarde.

Localizados na Cordilheira Andina, os Geysers El Tatio, se encontram a 99 Km de San Pedro de Atacama e a 4.321 metros de altura em relação ao nível do mar. Nós, turistas, pagamos uma entrada no valor de 5.000 pesos chilenos (+/- R$ 20,00), o local conta com infraestrutura de bons banheiros e vestiários, sendo que o valor dos ingressos é cobrado pela Administradora e Exploradora Turística El Tatio Ltda., uma empresa concessionária.

Atendendo uma sugestão do nosso guia exclusivo, Vitor, visitamos primeiramente o local onde está a piscina termal, e apesar de no local haver a possibilidade dos turistas tomarem banho (o pai repetiu umas dez vezes que ali os europeus tomam banho pelados!), nós dispensamos o evento e seguimos somente visitando o local.

Infelizmente, o local já registrou acidentes graves, em momentos diferentes, que ocasionaram a morte de três turistas (um francês, um espanhol e um chileno). A água, submetida a uma pressão, busca uma saída pela superfície, através das fissuras da crosta terrestre, assim, a água acaba alcançando uma temperatura de 85º.

Com muito frio, seguimos para a visita ao “campo geométrico”. Formado por 40 geysers, 60 termas e 70 fumarolas, ao total, possui uma extensão de 3 Km² e ao amanhecer, com temperaturas abaixo de zero, se pode apreciar um espetáculo impressionante e maravilhoso, apresentado pela Força da Natureza.

Nos distraímos tirando algumas fotos por ali e quando retornamos, Vitor havia preparado um belíssimo café da manhã; uma prática comum entre todos os turistas e visitantes – tomar café nos Geysers, que inclusive esquentam o leite na caixinha longa vida nas fumarolas ali por perto. Muito bacana!

E depois do “desayuno” o guia nos levou mais adiante, e depois de escutar os sons de uns dos Geysers, pediu que o Joel cronometrasse 4, 5 minuto, foi quando exatamente o Geyser acordou jorrando água.

A medida em que o sol aparece a força da natureza se acomoda e a Expedição Pachamama – Rumo a Mãe Terra, se despede e segue em busca de mais uma aventura.

No caminho de volta a fauna local se revelou, uma vicunha ousada chegou a cruzar na nossa frente, de um lado ao outro da estrada.

Enquanto isso, o vulcão La Putana fumaceava disputando a atenção.

Tivemos a oportunidade de parar em Machuca, localizada a 4.000 metros de altura e hoje praticamente despovoado devido a drástica emigração das famílias e do povo aledeño. O governo de San Pedro de Atacama vem incentivando, através de vários projetos, o retorno das famílias a Machuca, a fim de reativar as atividades agrícola, pastoril, produção de queijo e turismo.

Ali, comemos espetinho de llama, uma atração turística e a mãe prestigiou a cultura local, adquirindo alguns artesanatos. Um esplendor!

Antes mesmo do meio dia já estávamos de volta a pousada onde fomos procurados por um rapaz de nome Marcel, brasileiro, natural de Minas Gerais, atualmente residente em Balneário Camboriú e que se aventura pelo deserto na companhia da Carol, uma Colombiana, e de sua Land Defender 90. Os proprietários de Land são praticamente uma irmandade...

Durante a tarde o Joel e eu fomos procurar um Senhor de nome Adolfo, um descendente de Incas, colaborador da Defesa Civil de San Pedro de Atacama, um perito em resgates e amigo do Zig, que nos acompanhou até na nossa pousada e nos brindou com ensinamentos e informações do deserto e região.

O que é bom se indica:

http://www.cosmoandino-expediciones.cl/ - Agência de Turismo Cosmo Andino

A Magia & O Calor do Deserto – 3º Dia

Dia 27/12, depois de tomar o café da manhã na Pousada, conforme combinado, seguimos para mais uma aventura. Abastecemos a Lan e acabamos nos perdendo dentro da própria cidade de San Pedro de Atacama, que em sua periferia (o Posto de Combustível fica escondido e é o único da cidade!) possui caminhos muito semelhantes entre si.

Mas, tempo depois estávamos prestes a chegar nas Lagunas Meñique e Miscanti, mais uma demonstração da magia do Atacama = Água Azul em pleno deserto!

As Lagunas fazem parte da Reserva Nacional Los Flamencos, estão localizadas a 110 Km, ao sul, de San Pedro do Atacama e a 28 Km, ao sudeste de Socaire. As Lagunas são administradas pela Comunidade Atacameña de Socaire e se chega a localidade, pela Ruta 23.

A primeira delas é Miscanti, com aproximadamente 15 Km², assim que é avistada exibe com exuberância suas águas azuis com bordas de sal. Aos pés das montanhas, sua grandiosidade não cabe em uma única foto.

Cenário romântico, mágico, de contemplação. Para todos! Até para a Land.

 

Miñiques, se esconde no caminho da Reserva, com uma superfície de 1,5 Km², fica à 5 metros abaixo de sua vizinha – Laguna Miscanti, da qual recebe recargas subterrâneas.

Uma erupção do Vulcão Miñiques ocorrida acerca de 1 milhão de anos atrás, seria a causa do surgimento das Lagunas. E nesse cenário histórico o que predomina mesmo é a vontade incessante de apreciar a paisagem.

O registro da Expedição Pachamama. Graças ao tripé, adquirido no Paraguai – Caríssimo. Risos!

Na sequência, entre idas e vindas (nos perdemos em uma reta!), conseguimos localizar a entrada do Salar de Atacama. O Salar do Atacama também faz parte da Reserva Nacional de Los Flamencos.

Em que pese o passeio constar em todos os roteiros turísticos do Atacama, a atração do local, sem dúvida nenhuma é o calor insuperável. Com a Land passando por ali fica o registro de outra atração, o instinto off-road, no caminho para o Salar.

No aspecto turístico esperava bem mais do local e talvez o cansaço do dia, o calor e o contraste com a beleza das Lagunas Miscanti e Miñiques tenham colaborado. Mas, fica o registro sincero da “linha editorial do blog”, e penso que tenha sido a opinião também dos demais membros da Expedição.

É inegável, porém, que este é um importante atrativo de interesse internacional, por seus testemunhos arqueológicos, sua impactante formação geológica e pela vida silvestre que se encontram nas lagoas salubres. Inclusive, enquanto estávamos visitando o Salar haviam membros de uma ONG Mundial com equipamentos monitorando os flamingos.

De volta para a Pousada nós não saímos para jantar, apenas tomamos um café e fizemos um lanche para nos preparar para o dia seguinte, já que o pai e a mãe haviam conseguido agendar a visita aos Geysers El Tatio.

Antes de dormir, recebemos a visita do Charles Zimmermann, um conterrâneo, também amigo do Beto, que está viajando de bicicleta, pelo mundo, desde julho de 2009. É Jaraguá do Sul no Atacama!!!

Os Enigmas & Os Prazeres do Atacama – 2º Dia

Dia 26/12, tomamos o café da manhã na Pousada Likana, um café da manhã honesto, como diz o pai, e saímos passeando por San Pedro de Atacama, descansados e ansiosos por encontrar novidades. E já na esquina da pousada a rua mais badalada da cidade – Calle Caracoles – por onde não passa qualquer veículo motorizado.

Mais adiante a praça central e para minha surpresa Internet Banda Larga Pública, fui obrigada a registrar.

Na Calle caracoles uma referência ao Bar & Café do Ferrazza de todo sábado, em Jaraguá do Sul, e na praça de San Pedro de Atacama a igreja, uma construção em adobe, típica do local, desde 1951 declarada Monumento Nacional.

Depois de fazer o cambio – agora moeda chilena! – passamos no mercadinho próximo a Pousada nos municiamos de água e frutas e seguimos para a primeira das aventuras no Atacama: Termas de Puritama. Mais ou menos 30 Km de San Pedro de Atacama.

Um verdadeiro prazer desfrutar de um relaxante banho nas águas termais do Rio Puritama. Segundo relatos são águas aquecidas por um vulcão, formam banheiras, uma atrás da outra e no dia da nossa visita atingia aproximadamente 33º. Importante: O local fecha às 17:30, há banheiros e vestiários para se trocar e não há serviço de lanchonete.

A entrada corresponde a 10 mil pesos chilenos (+/- R$ 40,00) e a quantia é revertida para a comunidade indígena Atacameña . As águas quentes de Puritama possuem vários minerais que com qualidades para a cura de enfermidades, inclusive, teve alguns membros da Expedição que se utilizaram de uma espécie de lama terapêutica do local e agora até parecem mais jovens! Importante: Protetor solar é imprescindível.

Fizemos um piq-nic no carro, e decidimos conhecer o enigmático Valle de La Muerte, localizado a aproximadamente 2 km de San Pedro de Atacama, neste local já foram feitos testes da NASA, por conta da grande semelhança com o solo lunar.

E no concurso interno de fotografias da Expedição Pachamama, por unanimidade, elegemos o passeio como um revelador de talentos. As enigmáticas paisagens engrandecem a alma dos artistas aventureiros.

Voltamos para a pousada, onde tomamos um banho e logo nos reunimos para tratar sobre a próxima aventura. Comentamos também em mudar o nome da Expedição de Pachamama para Cocha Roja, já que todos levaram um sapecada e estávamos vermelhos.

Inspirados pelos prazeres e enigmas do Atacama seguimos ao Valle de La Luna para ver o pôr-do-sol, um dos locais mais inóspitos da Terra e ao mesmo tempo mágico.

O festival de fotografias se estendeu:

Encerramos a noite atualizando o Blog, no restaurante La Estaka (Alavanka, como chamou o Joel) e na volta para a Pousada encontramos o Beraldi e a Renata, amigos do Beto, que também estávam em visita a San Pedro.