terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Estamos indo de volta pra casa... Tinha um Dakar no Meio do Caminho!

Dia 05/01, saímos da Posada de Luz, em Tilcara às 9:30. Parece que a bagagem está aumentando. No início da viagem, chuva! Fazia muito tempo que a gente não via água caindo do céu e fora a dificuldade para tirar fotos, não podemos reclamar, a Land que estava toda empoeirada, agradeceu a chuvinha.
Paramos para abastecer na saída da cidade de Tilcara mas acabamos desistindo, a demora no atendimento nos fez procurar outro Posto de Serviço. E seguimos em frente, pelo trajeto fomos nos despedindo da Palleta Del Pintor e das cidades vizinhas (com suas peculiaridades, como o cemitério de Maimara, abaixo da mensagem de boas vindas!)
 
Indo pela Ruta 9, inicialmente em direção a Pumamarca, passando por San Salvador de Jujuy e por Salta, encontramos o Rally Dakar fazendo seu deslocamento em sentido contrário, passando agora pela Custa Del Lipán, Paso Jama, Susque, até 120 Km antes de San Pedro do Atacama, caminho que a Expedição Pachamama fez outrora.
 
 
Pela estrada, a população saudava os participantes do Dakar, acenavam e tiravam fotos. O barulho dos caminhões era música para os ouvidos de alguns, a vontade era de filmar para que o som ficasse também registrado.
Passamos pelo acampamento do Dakar em Perico, os onde estivemos no dia anterior, agora quase todo desmontado. Tentamos abastecer em Jujuy, mas no posto próximo a estrada tinha uma fila enorme proveniente das equipes participantes do Dakar que estavam em deslocamento. Encontramos um posto mais a frente, na localidade de Lomas, e abastecemos por ali.
Na estrada passamos por um acidente com vítima fatal, foram dois acidentes graves pelos quais passamos no mesmo dia, o que nos faz refletir sobre algumas precauções a serem tomadas durante qualquer percurso. Momento também de agradecer, mais uma vez, pela boa viagem que estamos fazendo.
 
A chuva continuava, com alguns momentos de calmaria, quando eu conseguia tirar algumas fotos e entrando na Ruta 9, “fechamos um ciclo” da viagem, foi por aqui que entramos para Salta nos primeiros dias da nossa viagem; agora, seguimos para Cafayate.
 
Lá pelas tantas, um desvio, sem qualquer placa indicativa. Fomos parar no Distrito Industrial de Salta, na periferia, onde paramos para pedir informação e um Senhor de nome Gustavo, muito gentil, nos guiou por um bom trecho nos indicando a saída da cidade, além disso, até nos sugeriu um local para almoço. Solidariedade Argentina, ganhou camiseta da expedição, adesivo e o nosso reconhecimento. Obrigada!

Aos viajantes e aventureiros, fica o registro da ausência de sinalização. Não mais perdidos, seguindo em frente e considerando que os mapas preveem uma reta, na Ruta 68, quando nos deparamos com um viaduto seguimos sem desviar, por Cerrillos. Uma estradinha por onde já havíamos passado na época a caminho de Paso Sico, pelo Campo Quillano, só que agora com acúmulo de água e movimento.

Em direção a Cafayate, passamos pela entrada de várias cidadezinhas: La Merced – passando por uma estrada com muito acúmulo de água na pista; El Carril – contornamos a cidade, não entramos no centro, mas passamos por um local povoado; e Osma – que nos apresentou um asfalto melhorzinho, com boa sinalização horizontal, árvores verdes e o trilho do trem nos acompanhando pelo lado esquerdo.
 
E, de fato, esta era mais uma estrada bonita na no nosso Caminho. Com peculiaridades diferentes das encontradas no deserto mas de proporcional expressão.
Passando por Coronel Moldes, mais uma das cidadezinhas pelo caminho, nos deparamos com uma cidade bem estruturada, com local para abastecimento e refeição, se fosse preciso e por onde o Dakar também passou. No nosso caminho registramos a passagem por uma “ponte individual”, em algum lugar eu já vi um modelinho dessa ponte...
 
 O tempo nublado prejudicou um pouco as fotos, sem o céu azul do deserto as fotografias ficam sem tanta expressão, mesmo assim e apesar de diferente a paisagem era linda e o caminho de volta para casa continua...