sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Hasta Salta, La Linda!

O dia 23/12, merece relatos detalhados pela importância do percurso, pela extensão do trajeto (percorremos 673 km), pelas peculiaridades do caminho e em homenagem aos nossos seguidores que têm nos surpreendido positivamente com seus comentários! E atendendo às sugestões dos amigos de mais idade e dificuldade faço, agora, os contos em cor apropriada (tá bom assim Curt? Coloca os óculos aí Günther!).
Várias cidades se colocam no caminho entre Saenz Peña e Salta, a estrada de ferro acompanha a Ruta 16, paralelamente, em toda a sua distância. Os campos de girassóis e as placas indicando a existência de animais em extinção também fazem parte do cenário.
No trajeto, o Pampa del Infierno se transforma em Pampa dos Guanacos e “do nada”, surge um Policial no meio da estrada. Tamanha foi a felicidade do folclórico servidor ao abordar 4 aventureiros brasileiros; diz a lenda que os últimos jaraguaenses que por ali passaram deixaram uma quantia significativa para o “leitinho das crianças”. A Expedição Pachamama, devidamente orientada pelo Zig, deixou sua camiseta como regalo, e marcou o território com um adesivo colocado pelo próprio guarda no posto militar. Eis o registro:


Em Monte Quemado, pela primeira vez na viagem, percebemos que o combustível também é mercadoria em extinção por lá. Neste posto YPF, os meninos limparam os vidros da Land, e nos indicaram outro posto de combustível, 500 metros para frente, onde havia somente diesel. Neste posto presenteamos os frentistas com nossos adesivos, marcamos território e seguimos em frente...




Taco Pozo, Metan, Monte Quemado, Urutau, Macapillo, El Cabrachal... Chegando em Gorona, avistamos o que o Zequinha chamou de “Cordilheiras de Transição ou Cordilheiras Verdes”, e complementou com a maior propriedade: “O mundo não é só um pampa!”


Infelizmente a paisagem tornou-se impactante, chocante e assombrosa quando nos deparamos com uma grande fazenda de gado confinado. Ali, os animas disputam entre si espaços minúsculos sob o sol escaldante. A Expedição Pachamama – Rumo a Mãe Terra, deixa aqui seu protesto!


Às 13 horas paramos para almoçar em Joaquim V. Gonzales. Procuramos pelo “centro” um local para o lanche/almoço e acabamos voltando à entrada da cidade onde tentamos comer alguma coisa no posto YPF e de imediato fomos informados de que o gás havia acabado. Rindo, optamos por comer um lanche frio com a aparência de alguns dias e contrabalanceamos com um cafezinho!


A Ruta 16 parece não ter fim. Las Lajitas, Cebalito, El Galpón... a estrada não está em más condições, no entanto o asfalto parece antigo e não há sinalização horizontal, a estrada férrea que acompanha a estrada paralelamente às vezes cruza o asfalto, não encontramos com nenhum trem no caminho, passamos sim por várias pontes cujos rios estavam completamente secos! E apesar da falha no ar-condicionado e no GPS, seguimos nos divertindo bastante.


A placa de sinalização anuncia: Salta à Direita – Ruta 9/34 e a Expedição Pachamama desemboca em uma rodovia duplicada, bem sinalizada e muito bem conservada. Os recursos advindos do pedágio cobrado na rodovia (ARG$ 1,80 – Praça de pedágio em Cabeza de Buey) são revertidos na conservação da via, diferentemente do Brasil.


Uma breve reunião para verificar os mapas e sincronizar as informações. Virgilio Tedin, Cruz Quemada, Cabeza de Buey, Los Nogales... e Ruta 9: Salta, La Linda! Às 15:25, paramos em uma central de informações turísticas instalada junto a mais uma praça de pedágio na entrada da cidade e às 16:12 já estávamos no Hotel Salta, próximo a Praça 9 de Julho, no centro de Salta.

Pampa del Infierno

No dia 23/12, saímos do Hotel, por volta das sete e meia da manhã, às 7 horas e 45 minutos, nós e a Land já estávamos devidamente abastecidos. Diesel, água, energético e gelo, tudo pronto! Saída de Saenz Peña rumo a Salta.

Na maior reta do mapa, Ruta 16, a previsão era de pouco movimento, o que não se confirmou.


Não houve problemas no acesso ao Pampa del Inferno. No local onde 100% dos viajantes e aventureiros passavam reto, errando o caminho, agora foi construída uma rotatória, e apesar da ausência de indicação na maioria dos mapas, no local há sinalização por placas. De qualquer forma, siga a direita!