Dia 30/12, tomamos o café da manhã no Hotel em Calama e de lá seguimos em direção a Arica – a última cidade do Chile e divisa com o Perú. Às 8 horas, já havíamos abastecidos e estávamos saindo do Posto Petrobrás. A saída da cidade coincide, até uma certa altura, com a estrada que leva a Chuquicamata, no posto COPEL segue em direção a Tocopilla, à esquerda.
Asfalto de qualidade pelo caminho e estrada com boa sinalização. Padrão Chile!
A mãe que além de voto minerva, havia sido escalada para fazer a retirada do lixo em cada parada, agora tem se dedicado a receber e a enviar mensagens no celular, a cada instante chega um sinal (bip-bip!) anunciando uma nova mensagens e brincamos com ela perguntando se é twitter. Saudade não tem preço, né mãezinha?!
Na Ruta 5, caminho para Tocopilla, o odometro registrou 3.500 Km. Paramos em um estabelecimento para perguntar sobre as condições da estrada dali para frente porque recebemos sinais de luz e gestos de veículos em sentido contrário. Um “caminhoneiro do bem”, conforme a descrição do meu pai, previu que estaria tudo bem dali para a frente.
Mas um pouco mais para frente identificamos uma estrada em mal estado, imaginando que fosse por conta disso os avisos.
Seguindo pela estrada nos deparamos com uma placa, indicando a presença de Geoglifos e dali em diante não tiramos mais os olhos da paisagem em busca de um sinal dos Incas (ou dos Extra Terrestres!). E de fato, um pouco a frente vieram as confirmações, “eles” desenharam por ali, sim.
E é por isso que não dá pra ser breve e sucinto nos relatos... Um pouco mais para frente, depois da aparição dos geoglifos; um Oásis, Quillagua, uma cidade no deserto, confirmando a teoria desenvolvida pelo nosso guia e filósofo, Zequinha: Onde há verde, há água!
Na região de Tarapacá, Provincia de Tamarugal, em razão da Zona Franca de Iquique – cidade cujo acesso fica no caminho – tivemos que passar por uma Aduana e logo em seguida por um Posto dos Carabineros (Polícia do Chile). Na Aduana, os meninos da Expedição, foram gentilmente atendidos por uma Senhora que lhes cobrou somente os documentos de entrada do veículo, não sendo necessário declarar lap top e máquina fotográfica, aparelhos de uso pessoal. No posto policial, um Carabinero nos parou mas foi só para desejar um Feliz Año Nuevo!
Às 10 horas e 15 minutos já registrávamos 3.610 km, rodados. Seguindo para Pozo Almonte, passamos pelo meio de um Salar, "pelos dois lados da estrada e encoberto pela poeira dos Pampas”, contribuiu o Zequinha.
Mais adiante, outro Salar e a Reserva Nacional Pampa del Tamarugal, criada em 1987 e administrada pela CONAF, possui uma superfície dividida em três setores: Zapiga, La Tirana e Pintados. Na Reserva há alojamentos e camping, além de água potável, energia elétrica e banheiros.
Em Pozo Almonte, abastecemos a Land e o frentista nos indicou o restaurante em frente para almoçar – Restaurant La Cholita, um restaurante Peruano que, a princípio não parecia atender as mínimas expectativas, mas, no entanto, a alegria, o tempero e a simpatia dos pratos nos surpreenderam positivamente.
Passando pelo movimentado centro da cidade de Pozo Almonte, nos chamou a atenção as calçadas cobertas, uma alternativa para abrandar o sol quente e constante da região.
Foi em Pozo Almonte também que o nosso GPS voltou a funcionar! Assim, do nada, resolveu nos indicar novamente: “A conduzir na 5”, referindo-se ao nosso conhecido caminho pela Ruta 5.
Com o pé (as rodas) na estrada, seguindo em direção a Arica, passando por uma reta sem fim, de um lado do asfalto o nascedouro dos vulcões, entre a poeira e o vento, de outro lado, mais alguns geoglifos surpreendentes.
Geoglifos Ex Aurea:
Mas as surpresas do caminho ao litoral não acabaram, só começaram!
O que é bom se indica:
Restaurante La Cholita, em Pozo Almonte