Dia 25/12, saímos do Hotel, em Salta às 8 horas e 25 minutos, fizemos uma parada no Posto YPF para abastecer e pedir informações de como proceder para sair da cidade. Depois de perder alguns minutos até encontrar a saída, os membros da Expedição Pachamama – Rumo a Mãe Terra, foram servidos com a primeira de inúmeras doses de chá de coca.
E logo chegou o frio e a estrada de rípio que prometia nos levar a San Antonio de Los Cobres. A partir dali, a cada curva as Cordilheiras nos saudavam nos mostrando uma paisagem mais linda do que a outra.
Enquanto isso, nosso guia Zequinha, narrava o conteúdo que avistava e repetia em voz alta seus próprios pensamentos: “Esta estrada vai perder o romantismo, vão asfaltá-la” ou em meio a suspiros “Esta é a natureza no seu estado mais bruto”.
Acompanhando o nosso trajeto os trilhos do trem cruzavam em meio a estrada nos lembrando que por ali passa o famoso Trien de las Nubes, trajeto que certamente também faz parte do tal romantismo.
E as surpresas da paisagem se alternavam em cores e formas, pela Ruta 51.
Antes mesmo da divisa com o Chile a Puna nos mostrou como, de fato, ela reúne as condições climáticas mais severas dos Andes, e além da dor de cabeça que afligiu todos os membros da Expedição, o sangue no nariz (só no meu) e a dificuldade de respiração começou antes do previsto. Foi preciso localizar os remédios, em meio a bagagem.
Aos 2034 metros de altitude, na localidade de Chorrillos, termina os 10 km de rípio e começa o asfalto. Passando pelas localidades de Tastil e Incamayo, aos 2323 metros de altitude – agora a unidade de referência é metros de altura – chegamos a um posto policial onde fomos parados, mas sem qualquer problema.
E ao paço que os pensamentos profundos e as frases de impacto do pai era proferidas (“A folha de coca é uma coisa milenar, desde o governador até os turistas que passam por aqui usam”), a paisagem mudava e cada vez mais nos encantava, mesmo com fortes dores de cabeça eu não hesitava em registrar o caminho.
Aos 2590 metros de altitude, uma parada para fazer xixi e para reabastecer os copos com chá de coca que, por sinal, além de milenar, parece muito diurético. A parada possibilitou registros fotográficos por ângulos diferentes.
2651 metros de altitude, faltando 75 Km para San Antonio de Los Cobres e 218 Km para o Paso Sico, com dores fortes de cabeça, prometi que não iria mais exigir muito do jogadores brasileiros que vem jogar futebol nesta altitude, realmente é impossível apresentar um ótimo rendimento.
A paisagem, algumas vezes, parece até artificial, de tão perfeita!
Aos 2856 metros de altura, a placa indicando Arroyo Tostil, indica o início da estrada em caracol. E aos 2935 metros de altura, já percebemos que a Land começa a perder sua potência.
Na passagem por Santa Rosa de Tostil encontramos uma comunidade pequena, porém organizada, com hospital, campo de futebol, igreja e criações de burros, gado e cavalos. Foi quando surgiu mais um comentário: “Isso sim é vaca feliz!”
Percebemos que aos 3222 metros de altitude, tudo fica mais lento, exceto a empolgação do pai que a todo tempo repete os malefícios da puna, relata casos verídicos e curiosidades locais, numa verdadeira adrenalina! E neste ritmo, uns devagar outros muito rápido, chegamos a comunidade indígena de Las Cuevas.
Em Arroyo Inca registramos a Land em alto estilo e uma homenagem a Pachamama, a Mãe Terra, que deu origem ao nome da nossa Expedição.
Cuidado com a chá de coca.
ResponderExcluir14,00hs já levei a primeira remessa para Praia Alegre. Agora vai o restante.
Feliz ano novo, e boa expedição.
Abraços.
Gerson e Míriam
Rolou um mensagem psicografada do meu chegado Bezerra da Silva, para o Zeca, sobre a folha, aquela: "Vou apertar, mas não vou acender agora... simbóra gente!" Um abração em todos.
ResponderExcluirZeca, para acompanhar esse OPA Chips só uma OPA Bier, como não?
ResponderExcluirBelas fotos Fernandenha! Paisagem encantadora. Que belo passeio!!
ResponderExcluirChá de folha de coca é? Hummm
Havia uma "vaca feliz" pelo caminho?
Pare de tomar isso menina!!!
Paisagens incomparáveis, parecem esculpidas a mão. Créditos a fotógrafa!
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